O que é privacidade?
A privacidade é um princípio fundamental do direito contratual, afirmando que apenas as partes de um contrato têm direitos e obrigações ao abrigo do mesmo, o que significa que terceiros geralmente não podem processar ou ser processados por causa do acordo.
Isto protege as expectativas dos signatários, mas existem excepções notáveis, tais como em contratos de seguros e garantias de produtos, onde os não signatários ainda podem beneficiar ou recorrer. Na prática, as questões de privacidade surgem em áreas como a responsabilidade de propriedade e produtos, a decisão de quem pode fazer cumprir acordos e a apresentação de reclamações.
Lição principal
- A privacidade é uma doutrina que limita os direitos e obrigações contratuais apenas às partes contratantes, excluindo terceiros.
- As exceções de privacidade permitem que terceiros façam cumprir contratos em casos como seguros e garantias do fabricante.
- As doutrinas de responsabilidade objetiva e garantia implícita permitem que terceiros processem produtos defeituosos, mesmo que não haja contrato direto.
- Em caso de negligência, um terceiro pode processar mesmo que não haja vínculo contratual direto.
- Os direitos de privacidade podem ser renunciados sob condições específicas, tais como acordos fiduciários ou acordos de propriedade restritivos.
Como funciona a privacidade no Direito Contratual
A privacidade é um conceito importante no direito contratual. Por exemplo, de acordo com a doutrina da privacidade, um inquilino não pode processar o antigo proprietário do imóvel por não ter feito as reparações garantidas no contrato de venda do terreno entre o vendedor e o comprador porque o inquilino não está “em privacidade” com o vendedor. A priividade tem como objetivo proteger terceiros de um contrato de ações judiciais decorrentes desse contrato.
Contudo, a privacidade revelou-se problemática; Como resultado, muitas exceções são agora aceitas.
Exceções notáveis à regra de privacidade
Companhia de seguros
A doutrina da privacidade diz que um beneficiário de seguro de vida não pode fazer cumprir um contrato porque não é parte e o signatário está falecido. Por ser isto injusto, os contratos de seguro de terceiros, que permitem a terceiros reclamar reclamações de apólices de seguro emitidas em seu benefício, são uma das excepções à doutrina da privacidade.
Além disso, em alguns casos, um terceiro envolvido em acidente automobilístico com veículo segurado poderá acionar a seguradora quando obtiver decisão judicial favorável contra o proprietário do veículo.
Venda de produtos com defeito
Uma exceção à privacidade é a garantia do fabricante para seus produtos. Anteriormente, apenas as partes do contrato original podiam processar por violação da garantia. Os consumidores tiveram que processar os varejistas por produtos defeituosos porque não havia contrato entre eles e o fabricante. Ora, de acordo com a doutrina moderna da responsabilidade objectivae garantias implícitas, o direito de ação foi estendido a terceiros beneficiários, incluindo membros da família do comprador que pudessem prever o uso do produto.
Negligência
Em caso de danos pessoais resultantes de negligência, a parte negligente poderá ser processada por um terceiro que não tenha celebrado contrato com a parte negligente.
Acordo limitado
Em alguns casos, um acordo restritivo pode ser executável contra terceiros. Por exemplo, digamos que o proprietário de uma casa queira vender sua casa com o entendimento de que o comprador não alterará o projeto da casa. Se o comprador vender a casa a terceiros e cumprir determinados requisitos, o terceiro poderá ser obrigado a honrar as condições do proprietário original.
Confiar
Em alguns casos, um contrato entre o administrador e outra parte pode afetar o proprietário. Por exemplo: Se um administrador firmar um contrato, os beneficiários do trust podem entrar com uma ação judicial para fazer valer os seus direitos, mesmo que não sejam parte do contrato.
Exemplos reais de privacidade em ação
Considere o exemplo em que Shawn assina um sublocação de um apartamento de um quarto em Manhattan de um amigo, Blake, que subloca o apartamento de seu proprietário, Jude. Antes de assinar com Shawn, Blake recebeu permissão por escrito do proprietário Jude. Esta permissão não isenta Blake de suas obrigações como inquilino de Jude porque o direito à privacidade ainda existe entre eles.
Após seis meses do contrato de um ano, Shawn deu uma grande festa e os convidados causaram US$ 10.000 em danos ao apartamento. Jude enviou uma fatura de indenização a Blake e, em resposta, Blake exigiu o pagamento de Shawn. Infelizmente, Shawn desocupou o apartamento e evitou a tentativa de Blake de cobrar danos e aluguel não pago. Como Blake é o inquilino original mencionado no contrato de locação, Blake é responsável por todos os danos ao apartamento e pelo aluguel devido e pelo cumprimento de todas as obrigações estabelecidas no contrato de locação original. Shawn não tem nenhum relacionamento pessoal com Jude; Portanto, Blake deve pagar uma indenização a Jude ou processar. No entanto, Blake não pode ficar indefeso porque Blake pode processar Shawn porque Shawn tem um relacionamento privado com Blake.
Perguntas frequentes sobre privacidade
O que é privacidade de contrato?
A privacidade do contrato é uma doutrina do direito contratual que afirma que um contrato não pode conferir direitos ou obrigações a outras entidades que não sejam as partes do contrato.
O que é privacidade imobiliária?
Os direitos imobiliários privados existem quando duas ou mais partes detêm interesses no mesmo imóvel. Por exemplo, num contrato de arrendamento, tanto o proprietário como o inquilino têm direito à privacidade da propriedade.
Qual é a diferença entre privacidade horizontal e privacidade vertical?
A privacidade horizontal refere-se à relação entre as partes originais que criaram o contrato, enquanto a privacidade vertical refere-se à relação entre a parte original e o seu sucessor.
Resultado final
A privacidade limita os direitos e obrigações contratuais às partes que assinaram o acordo, protegendo terceiros de responsabilidades. Exceções, como seguros, garantias de produtos, casos de negligência e trustes, permitem que determinados terceiros façam cumprir os termos.
Conceitos como privacidade horizontal e vertical esclarecem quando os direitos podem ser estendidos aos sucessores, fornecendo as disposições contratuais claras necessárias para determinar quem tem personalidade jurídica.

